• 27 de July de 2024

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Igreja de Santana em Chapada dos Guimarães – (MT) : Foto de 1929.


A Paróquia foi fundada a 11 de agosto de l811 por Dom João VI.

O primeiro nome era Santa Anna do Santíssimo Sacramento.

Por ocasião da criação, da Prelazia de Chapada (Chapada dos Guimarães) foi extinta. Foi criada novamente e 17-07-1959.
Chapada dos Guimarães chegou a atravessar fase de grande prosperidade como empório agrícola de Cuiabá.

José de Mesquita situa em 1867 o inicio fatídico de sua decadência, concorrendo para isso “as incursões dos índios, a Guerra do Paraguai, a epidemia de varíola e, por fim a abolição”. A abolição da escravatura tornou definitiva a ruína dos engenhos de Chapada.
Na década de vinte deste século, tentou-se reerguer Chapada e fazer chegar uma nova época, um novo progresso, o governo estadual pretendia então fundar uma colônia agrícola na região.

Primeiro foram chamados colonos sírios, apelidados pelo povo de turcos depois vieram russos e, por fim alemães. Mas todas estas tentativas fracassaram ou pela desistência dos colonos ou por falta de meios adequados ou por causa das dificuldades políticas.


Chapada dos Guimarães permaneceu como distrito de Cuiabá até 1953 quando foi elevada à categoria de município. A Igreja Católica tem alentada história em Chapada dos Guimarães.


Em 1751, chegou a Cuiabá o primeiro Governador da Capitania. D. Antônio Rolim de Moura, os Padres Jesuítas Estevão de Castro e Agostinho Lourenço, com a tarefa de cuidar da evangelização dos índios. O Pe. Agostinho foi mandado para a missão da São José no Guaporé.

O Pe. Estevão fundou na Chapada dos Guimarães, sob a tutela de Santa Ana, uma aldeia “unindo os índios mansos, e já dispersos pelos moradores”. O local desta aldeia, denominada “Aldeia Velha” distava da atual cerca de meia légua. Lá erigiram uma capela coberta de palha na qual armaram um altar em que colocaram as imagens de Santa Ana com a Virgem no meio e nos lados, Santo Inácio de Loiola e São Francisco Xavier. Mas a missão teve uma existência de pouca duração. Não tardou que se concretizasse a expulsão de Pombal que, em combinação com diversos governos da Europa, queria exterminar os jesuítas da face da terra. Com efeito, em carta régia de 22 de agosto de 1758, o Governo Português ordenou ao governador Rolim de Moura que fizesse remeter ao Pará “todos quantos religiosos da dita profissão (jesuítas) aparecessem nesses, ou seja, portugueses, ou seja, castelhanos”. O Governador da capitania do Mato Grosso e Cuiabá cumpriram a ordem régia em 1759. Depois da saída do padre Castro, “se proveu à custa da Real Fazenda capelão secular, que foi o Pe. Simão de Toledo Rodovalho, natural da capitania de São Paulo, em cujo tempo se erigiu uma freguesia em atenção aos moradores que havia por aquele circuito, a quem era muito difícil a assistência do pasto espiritual pelo pároco desta vila” de Chapada dos Guimarães.
Em 1921, aconteceu um fato que poderia ter causado consequências desastrosas. O Pe. Frei Cipriano Bonnet da Ordem Terceira da São Francisco celebrava as festas na paróquia de Santa Ana da Chapada. Durante a missa solene, cantada, com a igreja repleta de gente, já no meio da missa, ouviu-se de repente um ruído assustador: a frente da igreja desabara. Felizmente ninguém se encontrava neste local, mas o barulho causou grande susto. Até hoje se pode ver a marca deste desabamento, para remediar os estragos, o vigário encomendado da paróquia, Pe. José Maria do Sacramento contratou aos nove de julho de 1923 os serviços de Anacleto Henrique de Carvalho para levantar a frente da referida igreja em toda a sua extensão desde o inicio do alicerce. Estas obras de construção duraram até 1929.

Tombada já pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a igreja em 1958 teve que ser reforçada e o madeiramento e telhados renovados. Em 1977, iniciaram novas obras de conservação da igreja que na opinião de Edmundo Etzel “é o único e autêntico resíduo barroco existente em Mato Grosso”.

Foi esta Igreja de Santa Ana do Sacramento que serviu como catedral prelatícia de 1941 a 1962, da Prelazia da Santa Ana da Chapada dos Guimarães antes de ser transferida a sua sede para Rondonópolis.
Durante o período do Brasil Colônia, as aldeias missionárias foram elevadas à paróquias. Também a capela de Sant’Ana da antiga missão jesuítica da Chapada passou a ter prerrogativas de matriz. Por resolução régia de nove de agosto de 1811 ela se tornou paróquia perpétua, sob a denominação de Freguesia de Santa Ana do Sacramento da Chapada.

Em 1822, a sua população chegava a 3.898 habitantes. Mas seu território ocupa vastíssima extensão, e por isso não pode o pároco conhecer as ovelhas nele habitantes, nem ser por elas conhecido. Além disso, a falta de pagamento das côngruas aos párocos e dos guisa mentos das igrejas desvia os sacerdotes de pretenderem nestes lugares ocupar benefícios de cura de almas, de cujos réditos não possam subsistir, e por isso, nem os que servem interinamente. Esta triste situação se criou porque, o clero era considerado funcionário do Estado, que não retribuía condignamente o serviço religioso. Por isso os párocos ficavam por pouco tempo à frente da paróquia da Santa Ana da Chapada.

Não temos os nomes dos párocos do século 18 porque o primeiro livro de batizados se perdeu. Mas, a partir de 1798, podemos citar os nomes dos padres que tomaram conta de Chapada. São os seguintes: Pe. Antonio Tavares Correa da Silva (1798-1801), Pe. João José Gomes da Costa (1801-1807) Pe. José Gomes da Silva ( 1807-1812), Pe. Francisco Dias Pay (1813), Pe. José Gomes da Silva (1814-1823), Pe. Manoel Pinto da Silva (1823), Pe. Francisco Lopes de Sá (1823-1824), Pe. Manoel Ferraz de Sampaio Botelho (1824-1825), Pe. José Joaquim do Nascimento (1825- 1826), Pe. Manoel Pinto de Siqueira (1826-1832) faltam os nomes dos padres de 1832- 1841, Pe. Manoel da Costa Silva (1842- 1845), Pe. Joaquim José Ferreira (1845 – vigário interino) Pe, José Joaquim Grassiano de Pina (1854- 1860) de 1845 a 1854 não tem o nome dos párocos, Pe. Joaquim de Souza Caldas (1860- 1874), Pe. José Xavier da Silva (1875- 1877), Pe. Jacinto Ferreira de Carvalho (1877- 1879).
Em 1904 chegaram a Cuiabá, vindos da França os padres da Ordem Terceira Regular de São Francisco, eles além da paróquia de Cuiabá, começaram a visitar regularmente também as paróquias vizinhas sem padre, entre as quais Chapada dos Guimarães. Até tinham estabelecido uma residência na freguesia de Chapada, a uns vinte quilômetros de Cuiabá, no alto de uma serra de onde se descortinava uma vista bonita, imensa. Atenderam a paróquia de Santa Ana os padres seguintes: Frei Ambrósio Dayle, Frei Atanásio Flottes, Frei Sebastião, Frei Luiz Maria Galibert, Frei Cipriano Bonnet, Frei Aristides Sousiguére, Frei João Luiz Bordoux, Frei Inácio Gau, Frei Carlos Valette. Os padres da Ordem Terceira Regular de São Francisco ficaram em Cuiabá até 1925 quando, por ordem superior tiveram que se retirar para Poconé e Cáceres. Mas antes da retirada desses padres em dezembro de 1921 o Arcebispo de Cuiabá, D. Francisco de Aquino Corrêa, tinha nomeado vigário encomendado da paróquia de Santa Ana da Chapada o Pe. José Maria do Sacramento. Ele apelidado por causa de sua cor de “padre preto”, pouco tempo antes tinha chegado a Cuiabá, fugindo de Mariana – Minas Gerais por motivos políticos. Mas por motivo do seu comportamento menos digno o arcebispo nomeou em seu lugar o Pe. Cástulo Steiger, salesiano, que tomou posse da paróquia no dia 19 de março de 1930. A partir de então os padres salesianos de Cuiabá tomaram conta da paróquia indo visitá-la só uma vez ou outra vez por ano por ocasião das festas. Além de Pe. Cástulo foram ainda para lá os seguintes padres: Pe. Hipólito Decclene, Pe. João Dourure, Pe. Pedro Pinto, Pe. Higino Fasso e Pe. José Xhardy.
No fim de janeiro de 1937, encontrando-se em São Paulo, D. Aquino Corrêa ouviu de um frade sobre a possibilidade da ida de missionários franciscanos alemães para Mato Grosso. O Arcebispo se alegrou muito com essa noticia e logo ofereceu três paróquias da sua Arquidiocese e se prontificou a entregar uma região para uma Prelazia. De fato, o governo da Província Franciscana da Imaculada Conceição de São Paulo, em reunião definitorial de janeiro daquele ano, tinha resolvido ceder à Província Franciscana de Santa Isabel da Turíngia na Alemanha todo o território do então Estado de Mato Grosso que pertencia ao território da Província da Imaculada Conceição. Na reunião Definitório Provincial de 2 de março de 1937, o governo da Turíngia aceitou a oferta e decidiu a fundação de uma nova missão no Mato Grosso. Na mesma sessão também já foram designados os primeiros quatro missionários: os padres Freis Eucário Schmitt, Wolfram Pasmann, Antonino Scwenger e Francisco Brugger.Mas, antes de virem ao Mato Grosso, deveriam permanecer por meio ano na Província de São Paulo para aprenderem a língua portuguesa e se aclimatarem.
Finalmente, aos 13 de julho de 1940, foi publicada a Constituição Apostólica “Quo Christi fidelibus” criando a Prelazia Nullius da Chapada. Mas o original da constituição, logo enviada ao Núncio Apostólico no Brasil, de perdeu. Uma cópia da mesma só chegou com a nomeação do primeiro Prelado, que aconteceu um ano depois, parece que a demora desta nomeação de deveu ao fato de que o Pe. Comissário Frei Eucário Schmit não quis aceitar. De fato fez de tudo para não ser escolhido. Pediu insistentemente aos seus confrades em Roma que se empenhassem junto à Congregação Consistorial no sentido de não o escolherem. Até foi encaminhado um oficio ao Cardeal R. C. Rossi, Secretário da Congregação Consistorial, em que se afirma que a nomeação para bispo de Frei Eucário Schmitt “no momento atual, não parece oportuna”. Seguem várias razões para justificar esta afirmação que podem ser resumidas numa só: Por enquanto Frei Eucário não pode deixar de ser Comissário para não retardar o desenvolvimento promissor do Comissariado dos franciscanos no Mato Grosso, para ser o Administrador Apostólico da recém criada Prelazia da Chapada. O Decreto de execução pelo Núncio Apostólico no Rio. D. Benedito Aloisi Masella, leva a data de 4 de outubro de 1941.Naquele dia, chamado à Nunciatura, o Pe. Comissário Frei Eucário Schmitt recebeu todos os documentos referentes a criação e a nomeação de D. Vunibaldo Talleur como também a delegação de empossar o novo Prelado. É o que aconteceu no dia 16 de outubro de 1941 na igreja Matriz de Santa Ana de Paranaíba onde o Pe. Frei Vunibaldo era o pároco, aí o novo Prelado recebeu uma cruz e uma corrente de ouro que foram as únicas insígnias que o Novo Prelado recebeu. Depois, aos 26 de outubro de 1941 o Novo Prelado D. Vunibaldo Talleur tomou solenemente posse da sua igreja prelatícia de Santa Ana da Chapada.
D. Vunibaldo ainda jovem, com mais ou menos 35 anos era alto, moreno, olhos claros, linguajar cheio de sotaques, alegre e comunicativo e soube muito bem conduzir seus colegas. Viria beneficiar aquela comunidade em muitos setores de sua vida.
Naquela época, Chapada dos Guimarães era um lugar paupérrimo, com cerca de 500 habitantes, único núcleo maior do imenso sertão e pantanal pertencentes ao território da Prelazia. Durante muitos anos Monsenhor Vunibaldo Tauller trabalhou em Chapada como simples missionário. Como os outros missionários também ele fazia as viagens pelo sertão e pantanal tendo como único meio de transporte um cavalo ou uma mula.
Em 1942 chegou a Chapada dos Guimarães as freiras e Frei Osvaldo, nascido em Frankfurt na Alemanha. Frei Osvaldo um homem muito trabalhador e muito bem preparado, logo sentiu a dura realidade da missão, carência de recursos e o idioma, seria difícil conquistar a confiança daquele povo desconfiado, apesar de ter sido receptivo e hospitaleiro com os religiosos.
As irmãs tiveram suas dificuldades nestas terras, para se ter uma ideia no primeiro dia de aula não apareceu nenhuma criança, mas perseveraram e aos poucos foram adquirindo confiança dos alunos e dos pais das crianças.
Em 1950 Frei Osvaldo inaugurou a primeira parte do hospital Santo Antônio. Frei Osvaldo chamado “pai dos pobres” atendia todo mundo sem receber nada em troca. Frei Osvaldo dedicou toda a sua vida a Chapada. Andou por toda a paróquia fazendo o bem, lutou pela saúde da população chapadense. Faleceu em 1968 e foi enterrado em sua terra natal na Alemanha. Os seus colegas da Ordem não quiseram continuar sua obra.
Ao contrário Chapada, então sede da Prelazia, embora também município desde 1953, não conseguiu chegar a ter um grande progresso, sempre ficou na área de influência da Capital Cuiabá. Mesmo pastoralmente sempre ficou mais ligada à região de Diamantino, Rosário Oeste e Cuiabá. Estava situada muito longe do sul da Prelazia onde estava acontecendo um grande e promissor desenvolvimento não só econômico, mas também eclesial.

Por tudo isso D. Vunibaldo Tauller achou conveniente pedir à Santa Sé a transferência da sede da Prelazia. Esta lhe foi concedida pelo Decreto Consistorial de nº 1183/ 61 de 25 de novembro de 1961. A execução do decreto foi realizada pelo Núncio Apostólico D. Armando Lombardi aos 16 de janeiro de 1962. E a cerimônia da transferência ocorreu no dia 24 de abril de 1962 com a leitura pública do decreto na igreja do Sagrado Coração de Jesus em Rondonópolis. A partir de então, a Prelazia da Chapada mudou o nome para “Prelazia de Rondonópolis”.
Em 1972 o Pe. Miguel assumiu a paróquia da Chapada como vigário cooperador. Sendo Prelado D. Osório W. Stoffel.
Em 1980 o Pe. Gregório Michels assumiu a paróquia da Chapada. Em 1983 foi feita uma restauração da igreja da Chapada.

Atualmente está tombada como monumento do IPHAN. Fonte: Site da Internet.

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